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Ação do Fed pode ocorrer em mês mais volátil

Para Stephen Jen, sócio-gerente do fundo hedge SLJMacro Partners, decisão amplamente sinalizada pelo Fed não tende a trazer grandes transtornos

Um aumento dos juros pelo Federal Reserve dos Estados Unidos no mês que vem não surpreenderia ninguém. Mesmo assim, pode aumentar a volatilidade, por ocorrer no mês de menor liquidez do mercado no ano.

Operadores e investidores tradicionalmente fecham seus livros cedo em dezembro, antes da temporada de festas, deixando os mercados mais expostos que o normal a oscilações significativas dos preços.

Se existe algo capaz de ser definido como um acontecimento capaz de alterar o mercado, é a primeira alta de taxas pelo BC dos EUA desde junho de 2006, embora os participantes do mercado tenham tido meses - ou, segundo alguns, até anos - para se preparar para a medida.

Como se isso não fosse suficiente, prevê-se em amplos círculos que o Banco Central Europeu (BCE) tomará medidas em sentido contrário apenas alguns dias antes, ao lançar uma nova onda de incentivos para afastar o segundo maior bloco econômico do mundo da deflação.

Dezembro é um mês relativamente leve em termos de transações, em todos os mercados, embora não seja um mês particularmente volátil.

Uma análise das transações de contratos futuros de bônus de 10 anos do Tesouro dos EUA mostra que em dezembro de 2013 o volume caiu para 70% da média mensal daquele ano, e para 86% em dezembro de 2014.

No período 2011-2014 de transações futuras do Bund alemão, os volumes de dezembro representaram entre 47% e 80% da média mensal.

A atividade do mercado de bônus corporativos em toda a Europa mostra comportamento semelhante, segundo a Trax, subsidiária da plataforma de transações eletrônicas MarketAxess. A Trax processa aproximadamente 65% de todas as transações com papéis de renda fixa na Europa.

A empresa registrou 163,5 mil operações em dezembro de 2013, correspondentes a 79% da média mensal daquele ano, de 206 mil transações. Os 152 mil contratos negociados em dezembro do ano seguinte também corresponderam a 79% da média mensal, de 190,8 mil.

A redução dos valores negociados é ainda mais pronunciada. Em dezembro do ano passado, US$ 125,4 bilhões em operações passaram pela plataforma, o correspondente a 69% da média mensal daquele ano, de US$ 182 bilhões.

É esse o ambiente em que a presidente do Fed, Janet Yellen, e seus colegas poderão finalmente tomar o caminho rumo à "normalização" da política monetária.

"Muito disso já foi posicionado [para a medida], por isso é de se esperar que se trate mais de um não evento do que qualquer outra coisa", disse Scott Eaton, diretor operacional da MarketAxess Europe e da Trax.

Mesmo assim, "os operadores podem considerar difícil assumir posição de risco no fim do ano, por isso tentam fechar seus livros até 15 de dezembro. Uma alta das taxas de juros desencadearia um tráfego mais intenso do que o habitual, e isso pode gerar algum movimento inesperado no mercado", disse ele.

Muitos operadores do mercado financeiro nunca passaram por uma alta das taxas nos EUA.

O Fed congelou as taxas de juros americanas perto de zero desde o fim de 2008, pouco após o colapso do banco de investimento Lehman Brothers que desencadeou a crise mundial.

Esse fator, acrescido de três rodadas de "afrouxamento quantitativo", como é conhecido o incentivo baseado na compra de bônus, no valor de trilhões de dólares, evitou uma reedição da Grande Depressão. A economia é atualmente maior do que era no pré-crise e o mercado de trabalho passa por seu mais longo período de criação de empregos de várias décadas, com o desemprego tendo caído para 5%.

Toda vez que o Fed elevou as taxas de juros nos últimos 20 anos, o mercado incorporou aos preços uma probabilidade superior a 70%, segundo a M&G Investments. Os juros no mercado futuro mostram que uma alta no mês que vem está 68% embutida nos preços.

Uma alta do Fed "poderá levar a algum aumento da volatilidade", disse o operador-chefe de câmbio de um grande banco de Londres.

"Se tivermos efetivamente uma mudança (em dezembro), não sobrará muito tempo no ano para proteger isso [com hedge]. Um possível adiamento até janeiro pode possibilitar aos mercados digerir melhor a medida", disse.

Embora o mercado de câmbio seja o segmento de maior liquidez do mundo, com cerca de US$ 5 trilhões negociados, em média, por dia, os preços poderão oscilar violentamente nas áreas de menor atividade dos mercados de títulos de renda fixa.

Os valores negociados em contratos de câmbio à vista pelas plataformas de transações da "Reuters" revelam quedas da movimentação em dezembro, mas não muito grandes.

Em 2013 os contratos de câmbio à vista totalizavam mensalmente US$ 128 bilhões. A soma de dezembro daquele ano foi de US$ 101 bilhões, ou 79% da média. Um ano mais tarde o valor dos contratos atingiu, em média, US$ 118 ao mês, e ficou em US$ 106 bilhões em dezembro, ou 90% da média.

Stephen Jen, sócio-gerente do fundo de hedge SLJMacro Partners de Londres, disse que os operadores de câmbio estão, na maioria, em suas mesas em 16 de dezembro e que uma decisão tão amplamente sinalizada pelo Fed não deverá transtornar excessivamente as operações.

"Não estou tão certo de que a falta de liquidez por motivos de data fará uma diferença tão grande. Posso estar errado", disse Jen.

"Queremos encerrar isso, ter um novo começo no ano, sem expectativas reprimidas. Na verdade, se eles [o Fed} não fizerem isso [aumentarem os juros] em dezembro, janeiro é que será volátil", disse ele.

12/11/2015 - Fonte:  Valor Online


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