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Petrobras tem perda de R$ 3,8 bi no 3º tri

Pressionada pela variação cambial e por despesas não recorrentes, a Petrobras teve prejuízo de R$ 3,8 bilhões no terceiro trimestre do ano, superando as projeções de analistas, cuja média das estimativas apontava para uma perda de R$ 806 milhões no período.

Do lado operacional, os sinais foram mistos. A receita diminuiu 7% na comparação anual, para R$ 82,2 bilhões, refletindo tanto a queda na cotação de petróleo quanto a redução na venda de combustíveis. A surpresa positiva veio do custo de extração, que caiu para US$ 16 o barril (incluindo a participação governamental), considerando o portfólio completo da companhia e teria chegado a US$ 8 o barril em média nos poços do pré-sal na média anual.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 15,5 bilhões no trimestre. Mas a alta de 82% na comparação anual diz pouco, pois o resultado do terceiro trimestre do ano passado foi afetado pela baixa contábil de R$ 6,2 bilhões por corrupção, além das baixas das refinarias Premium I e II.

Mesmo contando com contabilidade de hedge e deixando boa parte do seu caixa no exterior, a Petrobras reconheceu efeito negativo de R$ 6,9 bilhões no trimestre decorrente da variação cambial, o que contribuiu para que o resultado financeiro líquido fosse negativo em R$ 11,4 bilhões.

O dólar mais caro fez com que o endividamento líquido da estatal saltasse para R$ 402 bilhões no trimestre, acima dos R$ 323,9 bilhões apurados no fim de junho. A alavancagem passou para o elevado nível de 5,24 vezes.

"Não é possível desalavancar a companhia sem uma contribuição da venda de ativos", afirmou Ivan Monteiro, diretor Financeiro da estatal ontem à noite. Segundo o executivo, a melhora do segmento operacional vai possibilitar uma redução do endividamento, "mas a aceleração do processo depende do programa de desinvestimentos".

Os diretores se mostraram confiantes quanto à execução da venda de US$ 15,1 bilhões em ativos em 2015 e 2016. No entanto, até o momento, a Petrobras só obteve US$ 200 milhões. A expectativa é que a conclusão da venda da Gaspetro, que depende de aprovações regulatórias, possibilite a entrada de mais US$ 500 milhões no caixa ainda em 2015. Inicialmente, a Petrobras previa vender US$ 3 bilhões neste ano, mas a revisão se deu por causa da desistência de realizar o IPO da BR Distribuidora este ano.

Se conseguir atingir a meta de desinvestimento de US$ 15,1 bilhões até dezembro do ano que vem, a companhia não terá necessidade de fazer captações em 2016, afirmou Monteiro.

"Não será possível desalavancar a companhia sem a venda de ativos", afirmou o diretor financeiro

Segundo ele, o objetivo é reservar US$ 3 bilhões das captações deste ano para o próximo, sempre mantendo o caixa elevado. Ontem, o caixa estava em US$ 26 bilhões, mesmo volume do início do ano e a meta é chegar ao fim do ano com US$ 22 bilhões.

"Vamos começar um processo, provavelmente no ano que vem, de buscar talvez uma operação de reestruturação do endividamento que é crescente em 2016, 2017, 2018 e 2019. Por isso a necessidade de manter o caixa elevado, aumentar a produtividade e reduzir investimentos", disse.

Segundo o diretor, a Petrobras tem "na mesa" ofertas de crédito de US$ 25 bilhões "das mais diferentes alternativas". Mas só pretende anunciar as operações quando chegar a um ponto de equilíbrio entre o interesse da empresa e do credor.

Dada a perda da nota de grau de investimento por duas agências de classificação de risco (S&P e Moodys), a Petrobras tem evitado fazer captações tradicionais que dependam unicamente da sua nota de crédito. Se fizesse isso, a empresa teria que sancionar taxas de juros mais altas que não está disposta a pagar.

A saída, explicou Monteiro, tem sido a estruturação de operações com garantias, como a de venda seguida de aluguel ("sale and lease back"), fechada com um banco chinês, e recente empréstimo de R$ 4 bilhões com o Banco do Brasil que tem lastro em operações de exportação e crédito para o agronegócio.

De acordo com o executivo, uma das modalidades avaliadas pela companhia é a operação de venda com arrendamento e opção de recompra (sale and leaseback) de plataformas de produção e que o mercado está receptivo a esse tipo de modalidade. "O mercado adora essa modalidade, os tickets são altos e os custos da operação muito baixos", afirmou.

Os executivos da companhia viajarão dia 16 para países da Ásia, Europa e Américas para encontrar investidores. "Os diretores não conseguem mais dar conta da agenda de tanto interesse, desejo e expressão. Todos querem ter a Petrobras como parceiro", afirmou.

Ivan Monteiro garantiu que a pressão do movimento grevista contra à venda de ativos não alterou as metas. "Existe um plano de negócios que os diretores têm que executar e isso envolve um plano de desinvestimentos. O plano está em vigor", disse. Sobre a busca de um sócio para a BR, Monteiro disse que a medida faz parte dos planos e que há "muito interesse" de investidores no ativo.

13/11/2015 - Fonte:  Valor Online 


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