A queda da atividade se intensificou e por isso o Itaú revisou ainda mais para baixo a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste e do próximo ano. A previsão para 2015 saiu de queda de 3% para contração de 3,2% e a de 2016 foi de menos 1,5% para recuo de 2,5%. Ainda que a atividade se estabilize a partir deste mês, diz a instituição, a queda média em 2016 seria de 1,7% por causa da herança estatística.
O Itaú elevou as projeções de inflação e não vê mais o IPCA dentro do intervalo perseguido pelo BC em 2016. Câmbio, aumento maior que o esperado de combustíveis e energia farão com que o IPCA suba 7% no ano que vem, ante 6,5% estimados anteriormente. Para 2015, a projeção subiu de 9,7% para 10,1% por causa de aumento maior nos preços da gasolina e do impacto de vários choques de custos sobre os preços dos alimentos.
O banco não vê sinais de recuperação na indústria, varejo e serviços. Os índices de confiança desses setores permanecem em níveis muito baixos e sem sinais de recuperação. Na indústria, a produção segue em queda e os estoques são os mais elevados desde 2001.
"A massa salarial real deve continuar em queda, reduzindo o consumo das famílias. O ainda elevado custo unitário do trabalho (em reais), combinado com receitas menores advindas da demanda doméstica fraca, deve impactar a lucratividade das empresas. Esse fator, associado à baixa confiança dos empresários, baixo grau de utilização da capacidade instalada e estoques elevados tende a encolher ainda mais o investimento", diz o relatório enviado a clientes.
13/11/2015 - Fonte: Valor Online