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Brasil pode superar a meta de eficiência energética

A área de energia é crucial para o Brasil cumprir os compromissos que serão firmados na Conferência de Paris. A boa notícia é que o país tem condições de superar as metas que constam no documento - entre elas, alcançar 45% de energia renovável na matriz brasileira, expandindo as novas fontes renováveis (eólica, solar e biomassa) para pelo menos 23% do total e obtendo 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico.

"São desafios importantes, mas é relevante colocar que nós temos bala na agulha para ir além", afirmou Wilson Ferreira Júnior, presidente da CPFL Energia, durante evento realizado pela Iniciativa Empresarial em Clima (IEC), no dia 12, em São Paulo.

A disponibilidade de fontes renováveis de energia torna a intensidade de carbono da economia brasileira, que é de 0,21 kg de carbono para cada US$ 1 de PIB produzido, bem menor em comparação com a de países como os europeus (que emitem 32% mais), Estados Unidos (53% a mais) e China (73%, em razão do uso de carvão).

Nos últimos dois anos, porém, vêm crescendo as emissões do setor elétrico em razão da crise hidrológica e do acionamento das usinas termelétricas movidas a combustíveis fósseis e da exploração do pré-sal - só em 2014 o aumento foi de 23% em relação ao ano anterior, segundo dados do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito-Estufa (SEEG) do Observatório do Clima.

Para o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, o aumento da presença das energias fósseis na matriz brasileira é anterior à crise hídrica e remonta ao racionamento de 2001, que ficou conhecido como "apagão". "De 2001 para cá, nós acabamos contratando energia a qualquer custo. Foram 15 mil MW de térmicas, muitas delas a óleo combustível e de baixo rendimento", disse Braga.

"O desafio do setor elétrico hoje é descontratar esses 15 mil MW e substitui-los por energia nova, eficiente, limpa, moderna, barata", ressaltou. Segundo o ministro, esses contratos podem ser alterados e o país não precisa ficar amarrado a uma energia suja e ineficiente.

Atualmente pouco mais de 65% da energia gerada no Brasil provém de hidrelétricas, o que faz com que o Brasil já cumpra, nesse quesito, a meta contida na INDC. O potencial mapeado para aumento de uso das energias renováveis é vasto, o que torna uma expansão nesse quesito viável - nesse ponto, tanto governo quanto empresários do setor parecem estar de acordo.

O potencial de geração de energia eólica brasileiro é estimado em 350 mil MW - hoje, o país gera quase 7 mil MW. Em biomassa, o potencial é 17 mil MW e hoje são produzidos 10 mil MW. No campo das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), o Brasil pode gerar 18 mil MW; mas só utiliza 4,8 mil MW hoje. E quando se fala em energia solar, a grande promessa para os próximos anos, o potencial mapeado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) é de 118 mil MW, só considerando a geração distribuída - atualmente o Brasil produz irrisórios 35 MW.

Outro campo em que o Brasil pode fazer mais é o da eficiência energética. O compromisso expresso na INDC é de um aumento de 10% na eficiência do setor elétrico até 2030, mas estimativas do setor privado mostram que é possível "dobrar a meta" - como na expressão usada pela presidente Dilma Rousseff que se popularizou na internet.

"Analisamos as políticas energéticas e as INDCs do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Peru e, cruzando os dados, vimos que há um potencial de redução de consumo de energia de 20% até 2032, o que pode gerar uma economia de US$ 2,8 trilhões em todos esses países", afirma Tania Cosentino, presidente da Schneider Electric para a América do Sul.

A empresa, especializada em soluções de automação e distribuição de energia, realizou esse levantamento em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) e o Diálogo Energético. Para o Brasil, uma economia de 20% já evitaria custos de cerca de R$ 30 bilhões - o equivalente ao custo anteriormente estimado da polêmica usina Belo Monte. "Se dobrássemos a meta de eficiência energética, teríamos uma redução das emissões que chegaria a 58 milhões de toneladas de CO2 ao ano, a um custo marginal quando comparado às grandes obras de infraestrutura", diz.

27/11/2015 - Fonte:  Valor Online


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