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Financeiras minguam com calote e recessão

São Paulo - A inadimplência gerada pelos longos prazos de financiamentos oferecidos no período do "boom do crédito", somado à crise atual, pressionou os resultados das financeiras brasileiras e as fizeram perder participação de mercado nos últimos quatro anos.

De acordo com o Relatório de Inclusão Financeira de 2015 divulgado pelo Banco Central, as participações das operações de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN) das financeiras reduziram de 10% para 7% entre os anos de 2010 e 2014.

Segundo Nicola Tingas, economista da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), o boom do crédito em 2010 fez com que as financeiras disponibilizassem longos prazos de financiamento sem grande seletividade de consumidores.

"Muita gente que não tinha nem condições para pagar a entrada, começou a pegar parcelamento de 60 meses para comprar veículos, por exemplo. Pela falta de planejamento, eventualmente eles tiveram dificuldades em arcar com essas carteiras, deixando de pagar", avalia.

Ele ainda ressalta que, mesmo depois da reestruturação dos modelos de oferta por parte das financeiras, a forte inadimplência seguida pelo cenário de crises econômica e política levou à queda observada no setor.

"Com a pesada onda de inadimplência em 2013, as financeiras aperfeiçoaram seu modelo de risco e seleção. Mas outro fenômeno já estava em andamento, com a perda da vitalidade de economia, a alta da inflação, o crescente desemprego e a redução da renda, o que derrubou a demanda por crédito e deixou as carteiras com taxas negativas", diz o especialista.

De acordo com o relatório do BC, a quantidade de instituições financeiras caiu 6,8% em quatro anos, o segundo maior regresso observado na análise por segmento.

Perspectivas

Em relação às expectativas, os especialistas ouvidos pelo DCI não apostam em nenhuma melhora para as financeiras até o final de 2017.

Para Eduardo Tambellini, sócio diretor da GoOn Consultoria, os dois próximos anos serão para "discutir alternativas e possibilidades da crise".

"Até 2017 eu acho que ainda vamos enfrentar um período duro. Sem contar o PIB [Produto Interno Bruto], que mesmo com previsão de crescimento, ainda não é uma perspectiva positiva, mas para patamares neutros. Está muito difícil ter boas perspectivas", afirma.

Já em relação ao atrelamento a empresas e lojas varejistas como saída para essas instituições, os especialistas afirmam não ser mais uma solução.

"Elas [as financeiras] já fizeram isso lá atrás, e agora não faria grandes mudanças. Enquanto a economia não normalizar, o risco cair e a demanda voltar gradualmente, as financeiras não tem muita saída. O crédito nada mais é do que renda futura e, se o consumidor não tem certeza nem da renda presente, ele não vai se comprometer", conclui Tingas.

27/11/2015 - Fonte:  DCI - Por: Isabela Bolzani


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