A expectativa de alta para a gasolina é de 17,6% e de 21,7% no gás de bujão
O BC (Banco Central) divulgou, nesta quinta-feira (3), a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) da última reunião, realizada nos dias 24 e 25 do mês passado, quando manteve a taxa básica de juros, Selic, em 14,25% ao ano. O relatório aponta as expectativas de alta dos preços da gasolina, do botijão de gás e da energia elétrica neste ano.
O reajuste na conta de luz, por exemplo, teve um aumento em relação à ata anterior (divulgada em setembro). Agora, o BC espera uma alta acumulada neste ano de 52,3%. Antes, a expectativa era de que, em 2015, a energia elétrica ficasse 51,7% mais cara para os brasileiros.
Outro preço que disparou, na previsão do BC, foi o da gasolina. O aumento esperado para este ano é de 17,6%. Na ata anterior, era de 15%. O preço do gás de bujão também acelerou. A expectativa do BC é que o produto termine o ano com uma alta acumulada de 21,7%, antes, a estimativa era de 19,9%.
Esses preços indicam a pressão sobre o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados. O Copom projeta uma variação de 17,7% em 2015, um aumento em relação aos 16,9% considerados na reunião de setembro.
Mais uma vez, o Copom afirma que as informações disponíveis sugerem “certa persistência da inflação”, o que se reflete, em parte, a dinâmica dos preços no segmento de serviços e, “no curto prazo, o processo de realinhamento dos preços administrados e choques temporários de oferta no segmento de alimentação e bebidas”.
As projeções coletadas pelo Gerin (Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais) para a variação da inflação oficial, o IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo), neste ano passou de 9,75% para 10,33%. Já as previsões para 2016 aceleraram de 6,12% para 6,64%.
O Copom afirma ainda que, “embora reconheça que reconheça que outras ações de política macroeconômica podem influenciar a trajetória dos preços”, a política monetária vai continuar a se manter “especialmente vigilante, para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos”.
O Copom espera que a inflação siga para a meta de 4,5% apenas em 2017. Agora, a política monetária tem que assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas e a convergência da inflação para a meta no “horizonte relevante”.
03/12/2015 - Fonte: R7