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O primeiro sindicalista a desafiar a ditadura

 

Autor(es): JOSE IBRAHIM * 1947 - 2013

 

 

Conhecido por comandar a primeira grande greve contra a ditadura - a dos metalúrgicos de Osasco, em julho de 1968 morreu ontem em São Paulo, aos 65 anos, o líder sindical José Ibrahim. Depois de uma quarta-feira movimentada, em que esteve no palanque do 1° de Maio no Campo de Bagatelle e à noite viu o jogo do Corinthians contra o Boca Juniors, Ibrahim teve um enfarte enquanto dormia em sua casa, em Pinheiros..

Ibrahim, que deixa a mulher e um filho, está sendo velado na Assembleia Legislativa e será sepultado hoje à tarde no Cemitério Bela Vista, em Osasco.

Um de seus primeiros aliados no movimento sindical, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar na qual afirma que ele "atuou para organizar os trabalhadores de Osasco e, defendendo seus ideais, enfrentoua prisão e o exílio". De volta ao Brasil, prossegue Lula, Ibrahim "ajudou a fundar o PT e seguiu militando no movimento sindical até o fim de sua vida".

Em outra nota, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno, completa a história: "Se não houvesse Osasco de 1968 não haveria o ABC de 1978" - onde Lula comandou seguidas greves , que desembocaram dois anos depois na fundação do PT. Para Nazareno, a greve de Osasco foi "o grande marco" na resistência ao regime militar.

Ontem, Lula opinou que os petistas deveriam abrir diálogo também com o PRB e o PTB, que estiveram juntos na eleição de 2012, com Celso Russomanno (PRB) candidato a prefeito e Luiz Flávio D"Urso (PTB) na vice. Em 2014, o PRB, que apoiou Lula e Dilma nas eleições presidenciais de 2006 e 2010, não deve lançar candidato ao governo.

Esse papel determinou os 45 anos seguintes de sua vida. Demitido após a greve, Ibrahim entrou para a luta clandestina contra a ditadura. Filiado à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), ele foi preso, torturado e, em 1969, libertado - ao lado de outros 14 presos políticos - em troca do embaixador americano Charles Elbrick. Exilado, viveu 10 anos em Cuba, México e Chile e na volta ajudou a fundar o PT, a organizar o PDT, a estruturar a Força Sindical e, mais recentemente, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), na qual trabalhava como secretário de Formação Política.

A aproximação da UGT com o PSD de Gilberto Kassab fez dele um dos coordenadores da PSD Movimentos, que liga esse partido ao mundo sindical. Em nota, o ex-prefeito Gilberto Kassab diz que foi "uma grande honra conviver com sua experiência e sabedoria no PSD", Para o vice-governador Guilherme Afif, "sua memória e dedicação permanecerão".

Fonte: O Estado de S. Paulo - 03/05/2013


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