A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recua nesta quinta-feira (18), pressionada por ações de bancos privados e da Vale, com a pauta corporativa centralizando as atenções.
O quadro externo ainda favorável atenuava o movimento de realização de lucros após quatro altas seguidas, em que o Ibovespa acumulou ganho de quase 6%.
Às 15h06, o principal índice de ações da bolsa recuava 0,78%, a 41.306 pontos.
No exterior, o petróleo seguia em alta favorecendo ganhos dos futuros acionários norte-americanos, enquanto os pregões europeus eram sustentados por ações de tecnologia, apesar de balanços fracos, informou a agência Reuters.
No Brasil, corroborava o tom negativo na bolsa queda de 4,11% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no ano passado, que se confirmado pelos números do IBGE será o pior resultado para o PIB brasileiro desde 1990.
Destaques
Perto do mesmo horário, Itaú Unibanco e Bradesco recuavam mais de 2%, pressionados pela revisão de estimativas de lucros e preços-alvos pelo Credit Suisse, que reiteram visão negativa para o setor bancário. Também pesava o corte do rating do Brasil na véspera uma vez que ações de bancos também tendem a figurar entre as mais afetadas por tais decisões.
Vale passava por realização de lucros (investidores que compraram ações por um valor mais baixo e vendem após um movimento de alta, como o da quarta-feira) e tinhas as ações em queda de mais de 2%, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China. A mineradora reportou produção de 88,411 milhões de toneladas no quarto trimestre. Apenas a ação PNA da Vale valorizou quase 16% na sequência de quatro altas até a véspera.
Usiminas caía 9%, na esteira de resultado do quarto trimestre mostrando Ebitda negativo e aumentando da alavancagem, enquanto reunião do Conselho de Administração na véspera não trouxe soluções para o endividamento da siderúrgica.
Petrobras tinhas os papéis em queda de mais de 1%, mesmo em meio a nova sessão positiva dos preços do petróleo no mercado externo.
Braskem saltava mais de 5%, após a petroquímica reportar geração de caixa medida pelo Ebitda de R$ 2,234 bilhões em termos ajustados no quarto trimestre de 2015, alta de 65% sobre o obtido um ano antes.
Véspera
Na véspera, a Bovespa fechou em alta, mas o avanço perdeu força após a agência de risco Standard & Poors' cortar mais uma vez a nota do Brasil. Mais cedo, a bolsa mostrou ganhos de mais de 3%, novamente amparada pelo cenário externo favorável, com papéis do setor siderúrgico em destaque na ponta positiva, em sessão marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.
O principal índice de ações da bolsa subiu 1,67%, aos 41.630 pontos. Em 2016, o índice acumula perdas acima de 5%.
18/02/2016 - Fonte: G1