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Juro bancário para pessoa física é o maior desde 2011, diz BC

Os juros cobrados pelos bancos nos empréstimos para pessoas físicas, excluindo o crédito imobiliário e rural, subiram 2,4 pontos percentuais em janeiro deste ano, para 66,1% ao ano, o maior patamar da série histórica, que começa em março de 2011, segundo informou o Banco Central nesta quarta-feira (24). Ao mesmo tempo, a inadimplência de pessoas físicas atingiu o nível mais alto em quase três anos.

Em dezembro do ano passado, os juros bancários nas operações com as pessoas físicas com recursos livres somaram 63,7% ao ano. Em doze meses, houve um aumento desta taxa foi de 14,1 pontos percentuais, visto que a taxa média estava em 52% ao ano em janeiro de 2015.

"Taxas de juros cresceram em janeiro. A retração em dezembro da taxa de juros era muito mais por um efeito composição pois as pessoas saem do cheque especial, e a participação cai e a totalização também cai. Esse efeito se reverte em janeiro (...) A tendência é de aumento da taxa de juros [no futuro]. A taxa de juros responde a diversos aspectos, Não só à taxa básica, mas também à inadimplência", avaliou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

Inadimplência
Segundo o Banco Central, a taxa de inadimplência das pessoas físicas, nos empréstimos bancários com recursos livres (sem contar crédito rural e habitacional), que mede atrasos nos pagamentos acima de 90 dias, somou 6,2% em janeiro – o maior patamar desde junho de 2013, quando somou 6,3%.

Já a taxa de inadimplência das operações dos bancos com as empresas, ainda no segmento com recursos livres, avançou para 4,7% em janeiro deste ano – o maior patamar da série histórica, que começa em março de 2011 para este indicador.

Considerando a taxa total de inadimplência, que engloba operações com as pessoas físicas e empresas, ainda nas operações com recursos livres, a taxa subiu para 5,4% no mês passado – o maior patamar desde agosto de 2012 (5,5%).

"A inadimplência sobe, mas em um ritmo gradual, moderado, quando a gente contrasta isso com a magnitude da redução da atividade econômica (...) Em ambiente de retraçaõ da atividade, você tem essa componente de maior restrição que pode se reverter em aumento de inadimplência", afirmou Tulio Maciel, do BC.

Juro bancário subiu mais que taxa básica
O aumento dos juros bancários, no ano passado, acompanhou a alta da taxa básica da economia, fixada pelo Banco Central a cada 45 dias para tentar conter as pressões inflacionárias.

A Selic, porém, subiu bem menos do que os juros bancários no ano passado. Desde o início de 2015, taxa avançou de 11,75% para 14,25% ao ano, ou seja, um aumento de 2,5 pontos percentuais. Os números mostram que os bancos elevaram suas taxas de juros ao consumidor de maneira bem mais intensa. Neste período, a taxa cobrada nas operações com pessoas físicas subiu 14,1 pontos percentuais.

Reportagem publicada pelo jornal norte-americano “The New York Times” informou que os juros praticados em algumas linhas de crédito no Brasil “fariam um agiota americano sentir vergonha”, citando os dos cartões de crédito.

Taxa de todas operações e de empresas
Já a taxa de juros média de crédito de todas operações (pessoas físicas e empresas), ainda somente com recursos livres, ou seja, sem contar crédito habitacional, rural e do BNDES, subiu de 47,2% ao ano em dezembro para 49,4% ao ano em janeiro.

A taxa das operações de pessoas jurídicas, com recursos livres, avançou 1,8 ponto percentual em janeiro - passando de 29,7% ao ano no fim de 2015 para 31,5% ao ano em janeiro deste ano.

'Spread' bancário
Com o aumento das taxas de juros bancárias de pessoa física em 2015, houve aumento do chamado "spread bancário" – que é a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e quanto cobram de seus clientes – no ano passado.

Em janeiro de 2015, "spread" nas operações com pessoas físicas somava 50,3 pontos percentuais, contra 48 pontos em dezembro do ano passado. Deste modo, o spread continua em um patamar historicamente elevado. Em doze meses, houve um forte aumento de 10,4 pontos percentuais.

O "spread" é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.

24/02/2016 - Fonte: G1 - Alexandro Martello


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