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Consumidor que optar por tarifa reduzida precisará trocar medidor de energia
BRASÍLIA A partir do próximo ano, a conta de luz ficará mais barata para consumidores que economizarem energia no horário de pico, entre 18h e 21h. A chamada "tarifa branca" valerá para residências, comércio e outros consumidores de baixa tensão. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicará até 6 de agosto a regulamentação da norma, com os critérios de aplicação para audiência pública. A tarifa diferenciada foi instituída em novembro de 2011, mas só agora o seu uso está sendo normatizado.
Os consumidores que resolverem aderir à tarifa diferenciada terão que trocar seus medidores de energia, que são mecânicos, por outros eletrônicos. A Aneel está propondo que as empresas distribuidoras comprem estes medidores, mas depois este custo será repassado às tarifas. A proposta inicial era de que o custo fosse repassado aos consumidores individualmente, mas ficaria muito caro e uma grande parte dos usuários não teria condições de adotar o novo sistema de tarifas.
PRAZO DE 30 DIAS
Para o consumidor que quiser aderir à tarifa branca trocando o sistema, o prazo para a mudança é de 30 dias, a partir da solicitação feita à distribuidora. Quando for a primeira ligação do consumidor, a empresa terá cinco dias para atender os consumidores residenciais urbanos (três dias para vistoria e dois dias para a ligação) e dez dias para consumidores residenciais não urbanos (cinco dias para a vistoria e cinco dias para ligação).
A tarifa branca terá três horários de consumo, sempre oferecendo os valores mais baratos nos períodos em que o sistema é menos utilizado pelos consumidores. Será opcional e caso o consumidor não pretenda modificar seus hábitos de consumo, a tarifa convencional continuará disponível.
Quatro TÉRMICAS desligadas
O governo vai desligar quatro usinas termelétricas movidas a diesel, a partir da zero hora do próximo sábado. O anúncio foi feito ontem pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, depois de reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico Nacional (CMSE), que avaliou as condições de abastecimento do sistema elétrico nacional. Serão desligadas as térmicas Pau Ferro (94 megawatts - MW) e Termo Manaus (143 MW), em Pernambuco; Xavante (54 MW), em Goiás; e Potiguar 1 (43 MW), no Rio Grande do Norte. Lobão informou ainda que, no último dia 4, a usina nuclear de Angra 2, que tem uma potência de 1.350 MW, foi paralisada para uma revisão programada.
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que o desligamento das quatro térmicas vai representar uma economia na conta do consumidor com o pagamento de encargos entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões por mês. Estes encargos são os custos que os consumidores pagam quando as térmicas são ligadas. O desligamento das usinas também vai reduzir o custo de operação do sistema em R$ 260 milhões por mês.
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