Representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindicato dos Petroleiros do Rio (Sindipetro-RJ) afirmam que foram procurados pela Petrobras, para que sejam retomadas as negociações de mudanças no acordo coletivo da categoria referente ao ano passado. A estatal pretende promover cortes de até 25% nos salários dos trabalhadores e reduzir a jornada para seis horas diárias.
As propostas são rejeitadas pelos sindicatos, que ameaçam fazer greve, se a empresa tomar uma decisão unilateral.
— Nossa luta sempre foi pela redução da jornada, mas sem perdas salariais. A categoria já se movimenta para declarar greve, especialmente se o sucateamento da empresa for confirmado, com a flexibilização do pré-sal (abertura da exploração a outras empresas) — disse o secretário-geral do Sindipetro-RJ, Emanuel Cancella.
Em dezembro de 2015, os petroleiros entraram em greve para impedir a perda de direitos trabalhistas, o que forçou a diretoria da estatal a recuar e manter o pacto feito em 2014.
— Nós temos um acordo, e os petroleiros não darão nenhum passo atrás — disse o presidente da FUP, José Maria Rangel.
Em abril, visando a reduzir seus quadros em até 12 mil funcionários, a Petrobras anunciou um Plano de Demissão Voluntária (PDV), com possibilidade de adesão até 31 de agosto. Caso o total de trabalhadores não seja atingido, o corte representará 15% do total de 77.800 empregados da estatal. Procurada, a Petrobras afirmou que ainda não tem um balanço parcial sobre a adesão ao plano.
Fonte Extra de 15/06/2016