Informação consta no relatório de inflação do segundo trimestre deste ano.
Documento foi o primeiro assinado pelo novo presidente da instituição.
O Banco Central informou nesta terça-feira (28), por meio do relatório de inflação do segundo trimestre deste ano, que o cenário central "não permite trabalhar com a
hipótese de flexibilização das condições monetárias", ou seja, com corte de juros.
Informou ainda que adotará as medidas necessárias para que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país - que deve superar novamente o teto do sistema de metas neste ano, ao ficar próximo a 7% - caia para a meta central de 4,5% em 2017.
Esse foi o primeiro documento divulgado com a assinatura do novo presidente do BC. Ilan Goldfajn, nomeado pelo presidente em exercício Michel Temer, assumiu o cargo no lugar de Alexandre Tombini - na esteira do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Em sua sabatina no Senado Federal, no começo do mês, Goldfajn disse querer "cumprir plenamente a meta de inflação estabelecida pelo CMN, mirando o seu ponto central" - algo que não acontece desde 2009.
O principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias é a taxa básica de juros da economia brasileira, que serve de referência para o mercado financeiro. Em 14,25% ao ano, a taxa Selic está no maior patamar em 10 anos e, também, em um dos níveis mais elevados do planeta em termos reais (após o abatimento da inflação prevista para os próximos doze meses).
Fonte G1 de 28/06/2016