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Clínicas populares crescem impulsionadas pela crise

 

Há três anos sem condições financeiras de ter um plano de saúde, Márcia Vaz, de 66 anos, recorreu, pela primeira vez, a uma clínica popular em Madureira, na Zona Norte do Rio. Na última quinta-feira, a aposentada se consultou com uma ginecologista, por R$ 82, e já saiu com os exames marcados, com atendimento no mesmo local. O mercado não para de crescer. Já há opções a partir de R$ 45, no caso de consultas médicas, e de R$ 4,50, para exames.

— Da maneira como está a crise, é o que eu posso pagar no momento. Os preços da clínica ajudam bastante, já que não posso pagar por um plano de saúde — disse Márcia.

Casos como o de Márcia têm se multiplicado no Rio. E o número de clínicas também. Somente até o fim do ano, quatro redes planejam inaugurar mais nove unidades na Região Metropolitana do Rio: três da Policlínica Granato, cinco da Acesso Saúde e uma do Centro Médico Futura.

Considerando a maioria das clínicas, as consultas variam de R$ 80 a R$ 120, em média. Antônio Carlos Brasil, fundador da Acesso Saúde, explica que o sistema permite que a pessoa seja atendida em qualquer unidade do país, sem taxa de inscrição ou mensalidade:

— O usuário só paga quando usa. Mas o preço não é único, nacional. Em Curitiba (PR), a consulta custa R$ 73. Em Minas Gerais, R$ 80. Em Foz do Iguaçu (PR), R$ 89. Mas o valor é, em média, sempre 50% menor do que o de uma consulta particular.

Concentrado na Grande São Paulo, o site “Examine Já” tem credenciado clínicas e laboratórios no Rio, que devem atender a partir de 2017. A plataforma reúne instituições credenciadas, com preços populares.

— Uma consulta com cardiologista, ginecologista e dermatologista, na Grande São Paulo, pode variar de R$ 86 a R$ 147 — disse Haissan Molaib, fundador da Proradis.

Desemprego em alta fez procura crescer

Médicos e empresários à frente de clínicas ou redes de serviços médicos populares são unânimes em relação à necessidade de muitos brasileiros que procuram por atendimento mais em conta do que a média do mercado. Eles, porém, avaliam que a crise inflou essa parcela de pacientes:

— Desde o ano passado, vem acontecendo um fenômeno diferente, que nós não esperávamos: com a crise e o desemprego, as pessoas começaram a perder os planos de saúde. Elas estão descobrindo que existe uma alternativa fora do SUS, com atendimento digno, com qualidade, agilidade e por um preço que elas podem pagar — explicou o médico Paulo Granato, hoje à frente de três unidades de sua rede, mas que pretende chegar a 20, nos próximos quatro anos.

Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) comprovam esse quadro. Entre maio de 2015 e maio deste ano, quase 1,6 milhão de brasileiros deixaram de ter planos de saúde: redução de 3,1% no total de beneficiários.

Sindicato alerta sobre baixa remuneração

Apesar da economia para os pacientes, as clínicas populares levantam a questão da precarização do trabalho dos médicos. Segundo Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio (SinMed-RJ), a preocupação da entidade, assim como da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), é a baixa remuneração dos profissionais.

— O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) nos auxiliou num levantamento sobre o custo operacional de um consultório. E chegou à conclusão de que, se o médico recebe R$ 77 por consulta, ele está pagando para atender o paciente. O mesmo estudo calculou que o valor mínimo da consulta que poderia dar sustentabilidade a essas instituições seria de R$ 150.

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Como surgiu a ideia?

É um apelo que existe por conta da dificuldade das pessoas, pela perda do poder econômico. São usuários que foram demitidos, perderam seus planos de saúde e, hoje, dependem do governo ou das clínicas privadas, que são caras. As populares propõem uma terceira via, em que se pode dar qualidade de atendimento às pessoas e cobrar preços pelos quais o sacrifício parte de todos: do empresário, do médico... Tudo isso respeitando, obviamente, as condutas éticas. É poder flexibilizar, trabalhando sempre com custos baixos. São estruturas honestas, com o conforto necessário, mas sem o luxo que impõem os grandes investimentos.

Como e onde vai ser a clínica?

Nós estamos montando a primeira, com equipamentos como os de ressonância magnética, tomografia computadorizada e ecocardiograma, além de especialistas. Fica na Estrada dos Bandeirantes, em Curicica, Jacarepaguá, próximo a uma área muito carente.

Por que, em geral, as consultas e os exames são tão caros?

O investimento na formação do médico é muito grande. São seis anos, quando não muito mais. São, no mínimo, dois anos de especialização. Você acaba tendo um sacrifício financeiro e de sua própria vida. A compensação disso, obviamente, seria, de acordo com a especialidade e a experiência adquirida, montar um consultório e poder cobrar de acordo com a excelência dele. E, nos últimos anos, o custo do atendimento encareceu bastante.

Quais os preços e as especialidades que serão oferecidos?

Pretendemos ter clínica médica, ortopedia, pediatria, gastroenterologia e ginecologia, entre outras especialidades, e exames laboratoriais e radiológicos. A média da consulta nas clínicas populares, hoje, é de R$ 70 a R$ 90. Nós vamos tentar diminuir isso.

 

FIQUE POR DENTRO

Acesso Saúde

Para agendar uma consulta ou um exame, o paciente deve acessar o endereço www.acessosaude.com.br ou comparecer a uma das unidades para se inscrever. O paciente recebe uma carteirinha, cujo número é vinculado ao seu prontuário médico. Os serviços podem ser parcelados em até seis vezes, com parcela mínima de R$ 50.

Examine Já

O paciente acessa o site www.examineja.com.br, se cadastra, escolhe o procedimento, o local, a data e a hora, e faz o pagamento, por cartão ou boleto. Depois, recebe o código autorizador que deve ser entregue no local, antes de realizar o procedimento.

Clínicas Granato

O agendamento pode ser feito pelo telefone ou diretamente na unidade. Também há possibilidade de parcelar. Os check-ups, por exemplo, que reúnem consultas e exames, podem ser parcelados em até 4 vezes. Informações pelo www. policlinicagranato.com. br

Clínica Copacabana

Informações pelos telefones (21) 2547-8880 e 2548-9254.

 

FONTE: EXTRA 04/07/2016


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