DIRETORIA – GESTÃO 2023-2025

clique aqui para acessar

 

DIRETORIA – GESTÃO 2022-2026

clique aqui para acessar

 
 
 
 
 

Notícias

Empresas de baixo valor de mercado são aposta de valorização com retomada da economia

 


SÃO PAULO - Com a perspectiva de retomada da atividade econômica, os investidores ficam mais atentos às oportunidades na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), e muitas vezes, querem ir além dos papéis mais conhecidos no mercado. Uma opção é apostar nas empresas de baixo valor de mercado, as chamadas small caps, que, em tese, têm chances de ganhos maiores a médio e longo prazos. Especialistas, porém, ressaltam que esse segmento é mais suscetível a maiores variações de preço, e os papéis têm menos liquidez.

Para se ter uma ideia, a maior empresa da Bolsa em valor de mercado é a Ambev, avaliada em R$ 305 bilhões. A menor do Ibovespa, índice de referência do mercado brasileiro, com base nesse parâmetro, é a fabricante de motores Weg, com R$ 25 bilhões. Já no Índice Small Cap, é possível encontrar empresas com uma capitalização de pouco mais de R$ 80 milhões, como a incorporadora Rossi. Mas também há algumas bilionárias, com a seguradora SulAmérica, com R$ 5,8 bilhões.

Na avaliação de analistas e gestores de fundos de investimentos, com a retomada do crescimento da economia brasileira, esses papéis têm potencial de valorização maior. Uma das razões é que boa parte das empresas de baixo valor de mercado são ligadas à economia doméstica, enquanto no Ibovespa as exportadoras têm um peso relevante. A participação dessas ações no total de investimento em renda variável, no entanto, deve ficar entre 15% e 40%.

— Agora mais do que nunca, esses papéis podem ser uma opção, com o potencial de recuperação da economia do Brasil. As small caps podem ser interessantes para capturar os ganhos desse movimento de melhora da economia. No entanto, é preciso ter habilidade para escolher os ativos corretos — afirma Daniel Utsch, gestor de renda variável da Fator Administração de Recursos (FAR), que considera a Rumo Logística uma opção interessante nesse segmento.

 

POTENCIAL DE GANHO

 

No desempenho acumulado do ano, tanto o Ibovespa como o índice dessas empresas de menor capitalização estão com ganhos similares: 32,20% e 34,86%, respectivamente. A médio e longo prazos, a expectativa é que o Índice Small Cap tenha maiores ganhos.

Mas há um menor volume de informações sobre essas empresas, uma vez que há menos investidores interessados nesses papéis. Ou seja, é preciso gastar mais tempo estudando os números disponíveis para ver se de fato há chance real de ganho. Outra opção para quem quer diversificar, mas tem pouco tempo para se dedicar a esse garimpo, é buscar fundos dedicados a essas empresas.

Na avaliação de João Braga, gestor de renda variável da XP Gestão, essas empresas têm baixo valor de mercado porque, em alguns casos, a maior parte dos investidores ainda não percebeu o potencial delas. À medida que isso acontece, suas ações sobem, e elas começam a ganhar valor. Ele cita como exemplo o caso da Guararapes, controladora da rede Riachuelo.

— É uma empresa com baixo valor de mercado porque há uma parcela pequena de ações em circulação. A liquidez é baixa, e isso afeta a avaliação. No entanto, a longo prazo, os fundamentos de uma empresa sempre vão prevalecer. A companhia vai apresentar resultados e outras pessoas vão querer comprar o papel — explica Braga.

Ele ressalta que, quando a Bolsa está em um movimento de alta, as primeiras ações a subirem são as mais conhecidas e de maior liquidez — também conhecidas como blue chips. Isso porque o mercado brasileiro é muito dependente do investidor estrangeiro, que busca liquidez. Só em um segundo momento é que os olhos se voltam para as demais empresas.

— O risco para o investidor em small caps é que, pela baixa liquidez, se um grande investidor, com um fundo, precisa vender as ações dessa empresa, como os compradores são poucos, a queda na cotação pode ser grande. Há essa volatilidade maior — lembra o gestor da XP.

 

‘COMPRAR AOS POUCOS’

 

Entre as opções nesse segmento, Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora, recomenda os papéis de Ecorodovias, Marcopolo, Randon, Tegma e Via Varejo. Ele recomenda, antes de comprar o papel de uma small cap, observar o padrão de negociação. Algumas empresas terão suas ações negociadas todos os dias, mas com pouco volume. Outras ficarão alguns dias sem que uma ordem de compra e venda seja concluída, mas, quando isso ocorrer, o valor dela será maior.

— É preciso comprar aos poucos. Não pode ser a maior parte de uma carteira de ações. E como pode haver dificuldade de saída desse papel, são ações para a formação de patrimônio a médio e longo prazos. Não são para especular negociando todos os dias — afirmou.

Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, lembra ainda que comprar a ação de uma empresa é uma forma de participar do crescimento desse negócio, e isso é ainda mais verdadeiro quando se trata de small caps que são novatas na Bolsa.

— Nos Estados Unidos, isso é muito comum. O investidor vai financiar a empresa e ganhar com o amadurecimento desse negócio. É preciso sempre pensar em investimento como algo de longo prazo — afirma Vieira.

 

Fonte Extra de 01/08/2016


•  Voltar as Notícias
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Federação dos Contabilistas nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia
Av. Presidente Vargas, 583 - Sala 220
CEP: 20071-003 - Centro - Rio de Janeiro / RJ
Fone: (21) 2220-4358 - E-mail: fedcont@fedcont.org.br
Funcionamento: Seg à Sex de 09h às 17h
Filiado a