Promessa do cartel foi prejudicada por dados mostrando a crescente produção de seus países membros e da Rússia.

 Os preços do petróleo caíam nesta terça-feira (6) pressionados pela produção que aumentou em praticamente todas as principais regiões de exportação, apesar dos planos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Rússia de corte, provocando temores de que o excesso de combustível que persiste por mais de dois anos possa durar até 2017.

O petróleo Brent recuava US$ 0,08, ou 0,15%, a US$ 54,86 por barril, às 8h29 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía US$ 0,27, ou 0,52%, a US$ 51,52 por barril.

Operadores e analistas disseram que o impulso da decisão da OPEP de cortar a produção diminuiu e que a promessa do cartel havia sido prejudicada por dados mostrando a crescente produção de seus países membros e da Rússia.

A produção de petróleo da Opep atingiu outra máxima em novembro, subindo para 34,19 milhões de barris por dia (bpd), ante 33,82 milhões de bpd em outubro, de acordo com uma pesquisa da Reuters baseada em dados de embarque e informações de fontes da indústria.

A Rússia informou que a produção diária média de petróleo de novembro foi de 11,21 milhões de bpd, a mais alta em quase 30 anos. Isso significa que a Opep e a Rússia sozinhas produziram o suficiente para cobrir quase metade da demanda mundial de petróleo, que é um pouco acima de 95 milhões de bpd.

Fonte G1 de 06/12/2016