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Programas de alfabetização não conseguiram atingir metas

 

 

 

 Desde o início do século XX, todas as tentativas do governo fracassaram

Em 1988, a nova Constituição que bradava os direitos e deveres do povo brasileiro trazia também uma promessa: a de que haveria esforços para que o analfabetismo fosse extinto em dez anos. Não aconteceu. E 25 anos depois da promulgação da Carta Magna, o problema persiste. Segundo dados do Censo 2010, ainda há 10% de adultos analfabetos no país.

O objetivo de fazer com que todos os brasileiros saibam ler e escrever é antigo. No início do século XX, o poeta Olavo Bilac liderou uma campanha contra o analfabetismo. Em 1942, ocorreu a criação do Fundo Nacional do Ensino Primário, com destinação de 25% dos recursos à alfabetização de adultos. Cinco anos depois, o presidente Eurico Gaspar Dutra iniciou a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos, retomada por Getúlio Vargas em 1952. Muda-se o governo, muda-se o programa. Em 1958, Juscelino Kubitschek criou a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo.

Em 1964, o educador Paulo Freire deu início à experiência de Angicos. Dentro do programa das Reformas de Base do presidente João Goulart, o método auxiliou na composição do Programa Nacional de Alfabetização, que Paulo Freire ajudou a desenvolver. O plano pretendia alfabetizar cinco milhões de jovens e adultos em dois anos. Logo após o golpe de 1964, um decreto dos militares extinguiu o programa.

Com a ditadura militar veio, em 1967, o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), cujo objetivo era alfabetizar 11,4 milhões em quatro anos. A erradicação viria em oito anos. Mais uma meta que não foi alcançada.

A redemocratização trouxe a extinção do programa e uma nova tentativa, por meio da Fundação Educar, no governo de José Sarney, que incorporou algumas iniciativas do Mobral. Eleito, Fernando Collor repete a história: acaba com o plano anterior e implanta, em 1990, o Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania (Pnac). A meta era, em quatro anos, reduzir em até 70% o analfabetismo.

Com o impeachment de Collor, o presidente Itamar Franco instituiu, em 1993, o Plano Decenal de Educação para Todos, cuja meta era acabar com o analfabetismo em dez anos. O programa foi descontinuado e, em 1997, o presidente Fernando Henrique Cardoso criou o Programa Alfabetização Solidária.

Veio o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e com ele o Programa Brasil Alfabetizado, criado em 2003, com o objetivo de universalizar a alfabetização de brasileiros acima de 15 anos. Lula prometeu erradicar o analfabetismo em seu primeiro mandato e chegou a dizer que o desafio dependia "muito menos de dinheiro" e "muito mais de disposição política". Mas foi mais um a fracassar. Na década passada, a proporção de adultos iletrados teve queda pífia: de 13,6%, em 2000; para 9,6%, em 2010.

Fonte: O Globo - 03/06/2013


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