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Fuga da bolsa faz vale cair à menor cotação desde 1999

TURBULÊNCIA GLOBAL LEVA VALE A MENOR PREÇO DESDE 1999

 

 

Primeira empresa brasileira considerada investimento não-especulativo por agências classificadoras de risco, em 2005, a Vale viu suas ações descerem ao menor valor desde março de 1999, época da maxidesvalorização do real. Com o aparente fim da bonança das commodities e do otimismo dos investidores estrangeiros com o Brasil, o valor de mercado da mineradora está abaixo de seu patrimônio líquido, de R$ 156,52 bilhões (31 de março, último dado disponível).

A relação entre o preço de bolsa e o valor patrimonial de um ação (o patrimônio dividido pela quantidade de ações) é um dos indicadores usados pelos investidores para se saber se o papel está barato ou caro. Esse indicador chegou a 4,92 vezes no fim de 2004 - ou quase cinco vezes o patrimônio. Na sexta-feira, estava em 0,95.

Primeira empresa brasileira a ser considerada um investimento não especulativo por agências de classificação de risco, em 2005, a mineradora custa, desde a semana passada, menos que o seu patrimônio líquido.

O patrimônio líquido é o capital investido pelos sócios, os ativos menos as dívidas. É o que restaria aos acionistas se a empresa fosse liquidada naquele momento. O PL da Vale era R$ 156,52 bilhões em 31 de março, último dado disponível.

É uma situação rara para a maior exportadora brasileira. A última vez que seu valor de mercado - R$ 151,47 bilhões, pelo fechamento de sexta-feira - ficou abaixo do que mostra o balanço foi no começo de 1999, depois da maxidesvalorização cambial brasileira, que veio na esteira das crises asiática e russa.

A relação entre o preço de bolsa e o valor patrimonial de um ação (que é o patrimônio dividido pela quantidade de ações) é um dos indicadores usados pelos investidores para se saber se o papel está barato ou caro.

Como o valor patrimonial é um cálculo "conservador" - as perdas possíveis são antecipadas, mas os ganhos, não -, é normal que o preço de mercado seja maior, já que embute as expectativas dos investidores em relação ao ativo.

Esse indicador, conhecido como P/VPA (preço da ação sobre o valor patrimonial da ação), chegou a 4,92 vezes no fim de 2004 - o que significa um valor de mercado quase cinco vezes maior que o patrimônio. Na sexta-feira estava em 0,95.

A situação atual da mineradora é um misto de crise das matérias-primas, instabilidade nos mercados financeiros no mundo e deterioração da imagem do país por causa do relaxamento no controle das contas públicas.

O preço do minério de ferro, principal produto da empresa, acumula uma queda de 30% em três meses, em consequência da redução das compras das siderúrgicas chinesas, os maiores clientes da mineradora.

Em meio a essa retração chinesa, houve um princípio de pânico global nas últimas semanas com uma possível diminuição de estímulos monetários americanos, que seria decidida na reunião do Federal Reserve, o banco central americano, na semana que vem.

Como o mercado de ações não gosta de incertezas, as bolsas estão sob forte pressão, a brasileira incluída. Não ajudou a agência de classificação de risco Standard & Poor"s (S&P) ter revisado a perspectiva da nota soberana do Brasil de "estável" para "negativa" na semana passada. A queda do Índice Bovespa no ano bateu em 19% na sexta-feira.

Nesse ambiente, a desvalorização dos ativos brasileiros não se restringe à Vale. Entre as maiores empresas do país, a Petrobras vem sendo negociada abaixo do valor patrimonial desde julho de 2011 - também pela primeira vez desde 1999.

Os problemas da Petrobras são conhecidos, boa parte deles relacionados ao seu controlador, a União. A estatal perdeu dezenas de bilhões em valor de mercado desde a megaoferta de 2010, feita para bancar um plano de investimentos ambicioso para explorar o pré-sal. O temor é que empresa tenha que levar adiante esse plano a qualquer custo, comprometendo suas finanças.

Não por acaso, a revisão feita pela Standard & Poor"s na semana passada incluiu Petrobras e Eletrobras - que vale 20% do patrimônio líquido -, uma indicação de possibilidade de rebaixamento da nota no futuro.

A Eletrobras, holding estatal do setor elétrico, é um caso crônico de subavaliação, mas ainda assim um P/VPA de 0,20 está muito além da média histórica da companhia - uma disparidade gritante que separa um patrimônio avaliado pelos contadores em R$ 66,79 bilhões de um preço de mercado estimado em R$ 7,84 bilhões. Difícil saber nesse caso qual é o valor "justo".

Se as estatais não são surpresa, a lista de pechinchas da bolsa brasileira inclui outras raridades, além da Vale. A siderúrgica Gerdau, uma empresa com operações no Brasil e nos Estados Unidos que já chegou a valer quatro vezes o PL, está hoje em 0,81.

Entre as 20 maiores companhias do Índice Bovespa por valor de mercado (veja tabela), a fabricante de cosméticos Natura, a fabricante de cigarros Souza Cruz e a operadora de cartões de crédito Cielo são as que têm os preços mais "inflados", negociadas acima de 15 vezes o patrimônio.

Fonte: Valor Econômico - 17/06/2013


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